quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O mito infantilizado



O Saci também atende por saci-pererê; saci-cererê; mati-taperê, saci-triquê, saci-mofera ou matinta pereira. Câmara Cascudo supõe que o mito tenha nascido no Brasil no século XIX. O típico saci indígena era um curumim (menino) tapuia de uma perna só e cabelo avermelhado. A cor preta da pele surgiu pela influência negra.

No Vale do Paraíba o saci é representado muitas vezes com o olho doente (eçá = olho + ci = doente), podendo aparecer com o significado de dor (assy). O nome pode ainda significar “mãe das almas” (cy = mãe)

O saci, com seu assobio persistente e misterioso, de difícil localização e assombrador aterroriza os viajantes pelos caminhos solitários.

No ano de 1917, Monteiro Lobato dirigiu um “inquérito” sobre o saci através do jornal “O Estado de São Paulo” e reuniu um extenso documentário sobre o mito o que serviu para que posteriormente ele criasse seu personagem infantilizando-o uma vez que no inquérito os desenhos recolhidos passavam a imagem de um ser diabólico.







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